Mesa comprida de ponta preenchida em tapete de mofo perfumado: dois pares de inquisidores nas margens e mãe de peito vazio e fungado com menina linda e desnutrida a balançar no extremo de nós. Eu, eu só te via a ti e a ti te desviei origem e aquele afecto, Adriana. De nariz tapado, escalavas o corrimão que chegava ao pescoço da tua mãe; torcias-te num sorriso de toneladas a alvejar a sentença e a saudade dos meus filhos. Se falasses!
Sabes, disseram-me com livros e quadrados brancos que amar não chega e sempre que se gosta mas não se sabe estimar se presume desunir. E assim segues sem viagem – apenas partida - na mudez da idade e de mãos a pedir o colo que não pude oferecer.
Não me queiras mal que é por ti que desadoro as manhãs que se estreitam de ilusão nos dias todos dos maus dias que os dias teimam sem descolar: e tantas as ruas que se nos apertam. E os teus braços estendidos.
Sabes, disseram-me com livros e quadrados brancos que amar não chega e sempre que se gosta mas não se sabe estimar se presume desunir. E assim segues sem viagem – apenas partida - na mudez da idade e de mãos a pedir o colo que não pude oferecer.
Não me queiras mal que é por ti que desadoro as manhãs que se estreitam de ilusão nos dias todos dos maus dias que os dias teimam sem descolar: e tantas as ruas que se nos apertam. E os teus braços estendidos.
1 comentário:
a sensibilidade de sempre.
ternura sem freio pode ser uma coisa.. assim.
flores,
gi.
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