Acredito: no vento efémero e nas palavras que não descem a tinta permanente; e sei que a eternidade não resiste e só dura a estrada longa que morre na cidade.
O tempo segue a fila de plantas meio esverdeadas que vivem no troço lento. Tudo emagrece o olhar. Não sei se há gente aqui (nos carros as pessoas parecem velar o caminho à espera que o mundo acabe) e o pássaro cor de cinza tem voado alto. Foge. Os bichos da terra estão soltos... confundem-se, atropelam-se; os bichos ensurdecem e sufocam devagar.
A estrada é longa e demora.
Vidro Azul ("Blue Glass")
Vidro Azul ("Blue Glass"): its broadcastings began in RUC-Radio University of Coimbra, later extending to Radio Radar, and now on Radio SBSR. In its two-hour duration, this author’s project explores melancholic sonorities also experimenting, boundarylessly, with beautiful ethereal landscapes. Through several genres ranging from folk, glitch, indietronica, neoclassical, ambient, jazz, indie pop, minimal among others, themes are blended in an intentional attempt to create a coherent harmony.
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