
Eu, voava nos teus braços (assim é), embutido naquelas botas de acertar joelhos, casaco de lã - a transpirar flanela mãos afora. Lembras-te?
Pendurado no teu pescoço - como fruto sem tempo - partilhávamos mãos, história
e frio... nunca as tuas lágrimas (assim é). Soube (de joelhos alinhados) que os teus dias, às vezes, foram clandestinos, desmesuradamente calados (e eu que não despego do silêncio!).
Lembro-me do vento daquela fotografia, de ti, bonita, cabelos a escorrer na paisagem, sorrias: só para os meus olhos.
Falta tão pouco para entortar a voz e dizer-te saudades.
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